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casepaga

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30.11.14

XX Congresso do Partido Socialista: Costa afasta alianças à direita e quer partidos à esquerda [e nomeou o LIVRE como um partido exemplar de esquerda]


antonio garrochinho

XX Congresso do Partido Socialista: Costa afasta alianças à direita e quer partidos à esquerda [e nomeou o LIVRE como um partido exemplar de esquerda]


O secretário-geral do PS afirmou hoje que os socialistas não vão "ajudar" os partidos à sua esquerda a manterem-se no "protesto", mas chamá-los para "a solução", recusando totalmente um entendimento à direita, quaisquer que sejam os protagonistas.
"Não contarão com o PS para vos ajudar a manterem-se na posição cómoda de ficarem só pelo protesto e não virem também trabalhar para a solução", afirmou, referindo-se a PCP e BE, tendo também recusado que o "arco da governabilidade" se cinja aos partidos que já têm representação parlamentar, nomeando o LIVRE, enquanto agente que quer romper o "mito da incomunicabilidade da esquerda".
Notícias ao Minuto

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Ficámos a saber que António Costa não gosta de "protestos", mas sim de "soluções". Só que, em concreto, preto no branco, ele ainda não apresentou nenhuma, a não ser aquela "idiotice" de pretender mobilizar os partidos europeus da sua família política, a Internacional Socialista, para obrigar a Merkel a mudar de política, quando toda a gente sabe que a maioria desses partidos já se aliaram à direita conservadora. O PS francês até já quer mudar de nome, porque mandou às urtigas o socialismo higiénico de António Costa, pretendendo transformar-se num partido "neoliberal socialista".
Também ficámos a saber que António Costa já arranjou uma muleta para a sua perna esquerda, que coxeia muito. Nada menos que o raquítico LIVRE, do não menos raquítico, Rui Tavares, que se aproveitou do Bloco de Esquerda para ser eleito deputado europeu, tendo, posteriormente, roído a corda, a meio do mandato, saindo com estrondo daquela organização partidária, mas sem se demitir do cargo, o que o coloca ao nível dos vermes.
António Costa julga que o LIVRE, de Rui Tavares é um partido higiénico, porque não faz manifestações de protesto. Mas o que acontece, na verdade, é que Rui Tavares não as pode fazer. O LIVRE não consegue encher a Rua da Betesga, quanto mais o Rossio.

alpendredalua.blogspot.pt

30.11.14

Curiosidades sobre Baleias - - As baleias são os maiores animais já existentes (podem chegar a 3 vezes o tamanho de um dinossauro). Este desenvolvimento só é possível porque a água suporta o peso contra a força da gravidade - o que não acontece co


antonio garrochinho

Curiosidades sobre Baleias


Você sabia que... 
- A maior baleia até hoje caçada foi uma baleia-azul fêmea, que media 34 metros de comprimento e pesava em torno de 170 toneladas?

- As baleias são os maiores animais já existentes (podem chegar a 3 vezes o tamanho de um dinossauro). Este desenvolvimento só é possível porque a água suporta o peso contra a força da gravidade - o que não acontece com os animais terrestres.

- Cada baleia-azul dá a luz apenas uma cria, que normalmente tem um tamanho impressionante: um terço do tamanho de sua mãe, ou seja, pode nascer já com 7 metros de comprimento. Durante 7 meses a mãe a amamenta diariamente com uma tonelada de leite muito rico. Quando o filhote é desmamado já possui mais de 15 metros.

- As baleias-azuis vivem cerca de 50 anos.

- A baleia Cachalote é a única fonte mundial de âmbar-cinzento, matéria básica para indústria de perfumes caros. Elas se alimentam da Lula Gigante, a engolem inteira mas nunca conseguem digerir os bicos duros da Lula que permanecem em seus aparelhos digestivos produzindo uma substância escura e fétida - este é o âmbar-cinzento, a melhor substância conhecida para conservar o aroma dos perfumes. Tem um preço elevadíssimo. Frequentemente as baleias expelem o âmbar-cinzento que pode então ser encontrado boiando no mar.

- No sec.XIX o óleo de baleia era usado na iluminação e lubrificação, as barbatanas davam resistência aos espartilhos, serviam de chicotes e na feitura de guarda-chuvas.

- Hoje em dia o óleo da baleia é usado na manufatura de cinquenta por cento da margarina européia.

- As baleias soltam sons agudos na água e, graças aos ecos de retorno, podem localizar com precisão qualquer corpo sólido. Elas não têm boa visão.















30.11.14

Agricultores portugueses são os mais idosos da UE - Os agricultores portugueses são os mais idosos da União Europeia. Um facto que não é novo, mas que vem agravando. Em 2009, a idade média do produtor agrícola português era de 63 anos e o ano p


antonio garrochinho

Agricultores portugueses são
 os mais idosos da UE

Os agricultores portugueses são os mais idosos da União Europeia. Um facto que não é novo, mas que vem agravando. Em 2009, a idade média do produtor agrícola português era de 63 anos e o ano passado estava já nos 64. Pior, mais de 52% dos agricultores têm uma idade igual ou superior a 65 anos. E esta é uma atividade maioritariamente a cargo dos homens (68,3%), diz o Instituto Nacional de Estatística.

Os dados fazem parte do 'Inquérito à estrutura das explorações agrícolas 2013', hoje divulgado, e mostram que só 6,2% dos produtores agrícolas vivem exclusivamente desta atividade em Portugal. "Em contrapartida, em 81,1% dos agregados domésticos do produtor o rendimento provém maioritariamente de origens exteriores à exploração, designadamente de pensões e reformas (65,3%)", destaca o INE. Apesar disso, a grande maioria dos produtores tenciona continuar com a atividade agrícola nos próximos anos.
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Uma decisão que é independente da dimensão económica da exploração e da sua localização. "De facto, apesar de um número significativo de pequenos agricultores terem abandonado a atividade desde 2009, 95,1% afirmaram que preveem continuar com a atividade da exploração nos próximos dois anos", sublinha a nota do INE, explicando que os principais motivos apontados para a continuidade "são o valor afetivo (48,3%), o complemento ao rednimento familiar (31,4%) e a ausência de alternativas profissionais (9,9%)". Só 8,6% dos agricultores referem a viabilidade económica.

Saiba, ainda, que apesar da "empresarialização" da agricultura a que se assistiu nos últimos anos - "expressa pelo crescimento do número de sociedades agrícolas" - apenas um quarto do volume do trabalho é contratado a mão de obra assalariada. Todo o resto assenta na população agrícola familiar. Aliás, só em 7,9% das explorações, ou seja, em 20,7 mil propriedades agrícolas, é que há trabalhadores permanentes, num total de 60,5 mil indivíduos.

Assiste-se, também, a um aumento da dimensão das explorações agrícolas e a uma melhoria dos indicadores laborais, refere o INE, que contabiliza 264,4 mil explorações agrícolas em Portugal em 2013, menos 40,8 mil do que em 2009. 
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A superfície agrícola utilizada (SAU) manteve-se nos 3,6 milhões do hectares (39,5% da superfície territorial), o que se traduziu no aumento da dimensão média das explorações dos 12 hectares em 2009 para os 13,8 hectares em 2013. Número que se aproxima já da média comunitária e que é de 14,4 hectares por exploração.

Salienta, ainda, o INE que a "empresarialização da agricultura" tem contribuído para o aumento da eficiência do sector, "devido à adoção de processos de gestão mais profissionais e economias de escala". Há cerca de 10 mil sociedades agrícolas em Portugal e que, embora representam apenas 3,8% do total das explorações, "gerem quase um terço da superfície agrícola utilizada e praticamente metade do efetivo pecuário".

* Quandoo sr. Silva foi primeiro-ministro primou pelo desmantelamento da agricultura e pescas, ordens de  Bruxelas a que obedeceu circunspecto. Depois dele nenhum ministro da agricultura percebeu que a terra é o bem mais precioso do país, se houver um terramoto a ganância do imobiliário cai mas a terra fica.

apeidaumregalodonarizagentetrata.blogspot.pt

30.11.14

Sobre o poder da retórica


antonio garrochinho

Sobre o poder da retórica

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Quino, Potentes, prepotentes e impotentes, Ed. D. Quixote.
image Quino, "Potentes, Prepotentes e Impotentes", Editorial Teorema, 2004.
image Cartoon retirado daqui.
Nos dois textos seguintes são apresentados  pontos de vista diferentes sobre o papel da retórica, caracterize cada um deles.
«Um retórico do passado dizia que o seu ofício era fazer que as coisas pequenas parecessem grandes e como tal fossem julgadas.
(…) Arquidamo (…) não terá ouvido sem espanto a resposta de Tucídides, ao qual perguntara quem era mais forte na luta, se Péricles, se ele: “Isso será difícil de verificar, pois quando o deito por terra, ele convence os espectadores que não caiu, e ganha”.
Os que, com os cosméticos, caracterizam e pintam as mulheres fazem menos mal, pois é coisa de pouca perda não as ver ao natural, ao passo que estes outros fazem tenção de enganar, não já os olhos mas o nosso juízo, e de abastardar e corromper a essência das coisas.»
MontaigneEnsaios, antologia, tradução de Rui Bertrand Romão, Relógio de Água Editores, Lisboa, 1998, pág. 147.
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Num diálogo intitulado Críton, Platão relata a forma como Sócrates (condenado à morte pelo tribunal em 399 a.C por, entre outras acusações, corromper a juventude) responde à proposta que alguns dos seus discípulos lhe fazem: fugir em vez de aceitar a sentença fatal.
“Críton: (…) Mas, caro Sócrates, uma vez mais te peço, obedece-me e salva-te. É que, se morreres não será para mim uma desgraça só, além de ficar privado de um amigo como não tornarei a achar outro, ainda farei aos olhos da maioria, que não nos conhece bem, nem a mim nem a ti, o papel de alguém que podendo salvar-te, se quisesse gastar dinheiro, não esteve para se incomodar. E que fama pode haver mais vergonhosa que parecer ter em maior conta o dinheiro do que os amigos? A maioria das pessoas nunca acreditará que foste tu que não quiseste sair daqui, apesar da insistência dos nossos pedidos.
Sócrates: Portanto, meu caro, não devemos preocupar-nos muito com as afirmações da maioria, mas sim (…) com a verdade. Não é, por isso, boa a tua sugestão inicial de que devemos preocupar-nos com a opinião da maioria sobre a justiça e a bondade (…). Em todo o caso, poderá alguém observar: a maioria é muito capaz de nos mandar matar.
Críton: Evidentemente, poderia muito bem dizer-se isso, ó Sócrates.
Sócrates: Mas, meu caro, a lógica seguida parece-me ser a mesma de há pouco. E repara de novo se este princípio permanece ou não: o que mais importa não é viver, mas viver bem.”
Platão, Êutifron, Apologia de Sócrates, Críton, Edição Imprensa Nacional – Casa da Moeda, Lisboa, 1990.

duvida-metodica.blogspot.pt

30.11.14

E agora? - Agora há um vazio. Partidos políticos que estão no lugar que há muito ocupam embora tenham perdido a confiança de grande parte dos seus apoiantes. Um governo que está a usar a proteção da União Europeia e das suas troikas para trans


antonio garrochinho

E agora?


Agora há um vazio. Partidos políticos que estão no lugar que há muito ocupam embora tenham perdido a confiança de grande parte dos seus apoiantes. Um governo que está a usar a proteção da União Europeia e das suas troikas para transformar a sociedade portuguesa em benefício de uma ínfima minoria.

Agora há uma maioria no poder que nas próximas eleições deverá ser afastada, mas nada de sólido e confiável para a substituir.

Agora queremos diferentes coisas. Coisas contraditórias. Segurança, por um lado. Mudança, por outro. Não queremos correr riscos. Queremos corrê-los para que tudo não fique na mesma. Sabemos que a política não é pêra doce, nem nada que seja sempre bonito de se ver. Não queremos meter-nos na política. Queremos meter-nos porque se não haverá outros (eventualmente os menos recomendáveis) que o farão por nós. Sabemos que a política nesta União Europeia deixou de ser a arte do possível. Sabemos que se não houver quem queira arriscar o (quase) impossível, outros continuarão a fazer o que dizem ser a única possibilidade.

Agora há um vazio político que começa a preencher-se. Vemos nascer novos movimentos políticos, partidos, candidaturas, muitos deles exprimindo sincera vontade de mudança. Vemos gente que se mobiliza e organiza. Alguns trazem consigo experiências anteriores. Outros chegam agora. Concordam, discordam, discutem, unem-se, dividem-se, aprendem. Não são super-homens, nem super-mulheres com estômago para tudo. São frágeis como é normal. Ainda bem que assim é. Talvez haja lugar para muito mais gente nessa política de gente frágil. Dessa forma não ficamos dependentes de heróis com estômago de aço.

ladroesdebicicletas.blogspot.pt

30.11.14

O QUE NÃO QUEREM QUE SE SAIBA ACERCA DA CORRUPÇÃO - "Entre o absurdo da cobertura noticiosa da detenção de José Sócrates, sobraram poucos artigos lúcidos sobre a corrupção. Em geral, procura-se individualizar o caso, lançando o ónus da prova s


antonio garrochinho


O que não querem que se saiba acerca da corrupção
por Bruno Carvalho


"Entre o absurdo da cobertura noticiosa da detenção de José Sócrates, sobraram poucos artigos lúcidos sobre a corrupção. Em geral, procura-se individualizar o caso, lançando o ónus da prova sobre o ex-primeiro-ministro e, sobretudo, tenta-se excluir do debate a corrupção enquanto fenómeno do sistema político e econômico em que vivemos. Há, inclusive, quem se atreva a garantir que a justiça portuguesa deve ser felicitada porque dá mostras de ser efectiva na luta contra a corrupção. No fundo, José Sócrates seria uma espécie de maçã podre numa árvore saudável e robusta. Mas não é assim. A corrupção não é uma simples doença que possa ser curada pelos tribunais. A corrupção é sistêmica. É uma praga intrínseca ao sistema económico em que vivemos e alastra-se pelos corredores dos luxuosos escritórios bancários, empresariais e partidários. Também se arrasta pelas redacções, importante ferramenta de controlo mediático."

Há quem duvide de que não há um só banqueiro ou administrador de um grande grupo económico que não tenha o contacto de autarcas, deputados, ministros, primeiro-ministros e chefes-de-Estado nas agendas dos seus telemóveis?

Há quem duvide de que a maioria dos escritórios de advogados em que trabalha uma parte dos deputados que exerce essa profissão não sobreviveria sem as empreitadas que os principais bancos e empresas lhes oferecem a troco de determinadas decisões políticas? Num Estado democrático, não pode ser normal que um ministro das Obras Públicas acabe como administrador da maior empresa de construção do país e também não pode ser normal que um administrador de uma companhia de seguros de saúde acabe como ministro da Saúde.

Entre o absurdo da cobertura noticiosa da detenção de José Sócrates, sobraram poucos artigos lúcidos sobre a corrupção. Em geral, procura-se individualizar o caso, lançando o ónus da prova sobre o ex-primeiro-ministro e, sobretudo, tenta-se excluir do debate a corrupção enquanto fenómeno do sistema político e econômico em que vivemos. Há, inclusive, quem se atreva a garantir que a justiça portuguesa deve ser felicitada porque dá mostras de ser efectiva na luta contra a corrupção. No fundo, José Sócrates seria uma espécie de maçã podre numa árvore saudável e robusta. Mas não é assim. A corrupção não é uma simples doença que possa ser curada pelos tribunais. A corrupção é sistêmica. É uma praga intrínseca ao sistema económico em que vivemos e alastra-se pelos corredores dos luxuosos escritórios bancários, empresariais e partidários. Também se arrasta pelas redacções, importante ferramenta de controlo mediático.

Não nos cabe dizer se Passos Coelho devia estar preso pela sua relação com a Tecnoforma, se Paulo Portas devia estar preso pela venda dos submarinos ou se Cavaco Silva devia estar preso pelas suas ligações ao BPN. A tragédia que vivemos há mais de três décadas tem culpados e sobre as cinzas da nossa pobreza decidiram construir o sistema em que vivemos. Independentemente de lhes poderem ser imputados crimes, Passos Coelho, Paulo Portas, Cavaco Silva, e os seus antecessores no poder, fossem do PS, PSD ou CDS-PP, são responsáveis pelo sequestro da política pelos grandes grupos econômicos e financeiros. Se os escândalos de corrupção nos entram à bruta pelos ecrãs é também por culpa deles. O que eles queriam mas não podem seria fazê-lo às claras. Queriam fazê-lo como nos Estados Unidos em que o lobby é legal e o patrocínio de bancos e empresas a campanhas eleitorais é algo perfeitamente natural. Não há qualquer limite para as contribuições das grandes multinacionais que enchem os bolsos dos Democratas e Republicanos.

A crise do sistema capitalista não só aprofundou a pobreza mas também agudizou as contradições entre os próprios capitalistas e os seus representantes políticos. Esta guerra que se desatou contra os trabalhadores e os povos é a tradução de uma necessidade cada vez maior de acumular riqueza por parte de uma minoria da população. Aqueles que nos acusam de termos vivido acima das nossas possibilidades foram os que instigaram a especulação e o jogo financeiro. A explosão financeira, recordemo-lo uma vez mais, tem raízes em operações à margem das leis que os seus próprios deputados aprovaram. As limitações legais à corrupção são fruto da cedência dos capitalistas na batalha política em que a dialéctica expõe os avanços e recuos de exploradores e explorados. Agora, mais do que nunca, as relações entre o poder econômico e o poder político são não só mais visíveis mas também as suas consequências. Curiosamente, era este mesmo ambiente que se vivia durante a grande crise capitalista dos anos 20. O ambiente das máfias, da corrupção, do tráfico de influências, da lavagem de dinheiro, do despudor absoluto entre oligarcas e políticos.

Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, foi acusado de beneficiar empresas através de um acordo secreto que permitiu a centenas de multinacionais não pagar milhões de euros em impostos, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi acusado de receber milhões da marca L'Oreal para financiar a sua campanha eleitoral, no Estado espanhol, dezenas de membros do PP e da Casa Real caíram nas malhas da justiça acusados de todo o tipo de crimes. Atentemos bem, de uma vez por todas, os fenômenos de corrupção a que assistimos não são um acidente de percurso, obra da falta de moral de uma pessoa, são consequência directa da relação entre os grandes grupos econômicos e financeiros e os políticos que os representam. Só a luta por uma alternativa política e uma política alternativa podem resgatar o poder político das mãos dos que nos lixam a vida há demasiado tempo.





30.11.14

O TIGRE DE TIPU - O Tigre era certamente das peças menos opulentas do majestoso espólio do sultão Tipu, que os pérfidos ingleses pilharam após conquistarem o reino de Mysore em 1799. Durante anos, Tipu tinha desafiado o poder britânico, infligindo-l


antonio garrochinho

O Tigre de Tipu.




Parece um animal feroz, mas não passa de um boneco articulado. Como Pinóquio. Vi-o de relance a primeira vez, às pressas, quando ia atrasado para almoçar no V&A. Logo ali fiquei ofuscado pela fearful symmetry das suas riscas, como diz Blake no poema famoso. Regressei ao interior do Victoria and Albert, onde a fera está exposta sem particular destaque no meio de uma vitrina, rodeada de abundante tralha, toda muito linda.
O Tigre era certamente das peças menos opulentas do majestoso espólio do sultão Tipu, que os pérfidos ingleses pilharam após conquistarem o reino de Mysore em 1799. Durante anos, Tipu tinha desafiado o poder britânico, infligindo-lhe derrotas humilhantes que a imprensa inglesa iria caricaturar sem piedade alguma. «Melhor viver um só dia como tigre do que como ovelha toda a vida» é uma frase atribuída ao sultão Tipu, que pelos vistos conhecia o célebre dito de Luísa de Gusmão, mãe da futura rainha Catarina, que levaria para Inglaterra o hábito de beber chá mas também, já agora, a compota de laranja e outras duas coisas, desconhecidas nas Ilhas Britânicas: o higiénico uso de talheres e o malfazejo consumo do tabaco.
A monção e as chuvas fizeram fracassar uma primeira expedição contra o poderoso Tipu. A imprensa londrina, sempre dada ao tablóide, vergastou os vencidos. Os alunos de Oxford faziam apostas entre si sobre quem iria ganhar aquele choque de civilizações. Mais tarde, um exército melhor equipado conseguiu impor a Tipu um tratado leonino, através do qual este não só cedia aos ingleses metade do seu reino como dava como garantia os dois filhos do seu sangue, a título de caução. Os filhos foram devolvidos, mas o reino não. E até lhe ficaram com a outra metade. E até lhe destruíram o palácio inteiro, chegando ao ponto de vilipendiar o cadáver de Tipu, cortando-lhe o bigode. Por herança de seu pai, Tipu ascendera ao trono de Mysore em 1782, dominando uma região imensa, quase tão grande como o seu orgulho. O pai, Haydar Ali, era de poucas letras, talvez mesmo analfabeto, mas o filho Tipu teve uma educação principesca, falando várias línguas. Acontece que a maioria do povo da sua terra vastíssima era hindu, enquanto Tipu professava no Islão. E no Islão linha dura, defendendo ajihad contra os infiéis. Nas cartas que escrevia a outros monarcas muçulmanos abundam as referências à jihad, que em árabe significa literalmente «último esforço», ou seja, guerra aos descrentes. O seu trono e as armas dos seus soldados tinham ornatos de tigres mas também a palavra «Alá» ou versículos do Corão. O sultão tinha vários hábitos, todos péssimos, um dos quais consistia em mandar que todos os seus prisioneiros, europeus incluídos, fossem circuncisados. Uma gravura da época mostra um recluso em Mysore, de seu nome Richard Chase, com um ar bastante abatido e tristonho. Um outro prisioneiro, o irlandês Cromwell Massey, escreveu um diário secreto enquanto padecia as últimas nas masmorras do sultão Tipu; o documento, que sobreviveu miraculosamente, faz descrições terríveis do que se passava na cidadela fortificada de Seringapatam.

Não admira que, quando chegaram a Inglaterra as primeiras notícias do cerco ao palácio de Tipu e do iminebnte branqueamento da capital, o empresário de espectáculos Philip Astley, que enriquecera exibindo artes equestres ao público londrino, organizasse de imediato uma extravaganza, «The Storming of Seringapatam». Com mais de cem personagens e uma quadrilha de cavalos, máquinas ululantes e fumos de cena, foi um estrondo de bilheteira, com casas cheias até 1829.   

Tipu escolheu o tigre como emblema – e o seu trono octogonal estava adornado por cabeças de tigres, revestidas a oiro. No centro do trono, um tigre possante, também a oiro, que hoje, claro está, se encontra na posse dos ingleses, mais precisamente na colecção real (quem a quiser ver, estará em exibição em Londres, na Queen’s Gallery, até finais de Fevereiro de 2015,numa exposição de cinquenta peças expressivamente intitulada Gold). Jóias, armas d’aparato, vestidos de seda delicadíssima, tudo foi devastado – ou, melhor, saqueado e vendido, disperso em leilão feito pela East India Company. Sendo das menos valiosas peças do tesouro de Tipu, o Tigre tornou-se a mais conhecida, em parte devido à atracção que no século XVIII existia por automata e máquinas articuladas, em parte porque o Tigre de Tipu é, de facto, um objecto fascinante. Feito em madeira por volta de 1799 mostra um tigre a devorar um ser humano, um branco, ocidental. Não se sabe se a vítima é civil ou militar. Possivelmente, a peça inspira-se num episódio macabro, passado em Bengala. Segundo o relato distinto doGentleman’s Magazine, de Julho de 1793, o jovem Hugh Munro, o filho único do general Sir Hector Munro, fora esventrado por um tigre enquanto repousava com os amigos, numa pausa da sua jornada de recreio e caça na Ilha de Sagar (já agora: uma ilha que está prestes a desaparecer devido ao aquecimento global, aqui).   
A tragédia de Munro numa peça de porcelana Staffordshire (c. 1814)
Sendo essa a fonte de inspiração, ou não, o certo é que Tipu mandou fazer dezenas de imagens em que os europeus – ou, mais precisamente, os ingleses – eram esquartejados alegremente por animais: leões, elefantes e sobretudo tigres. Tipu mantinha tinha os franceses por aliados e diz-se ser muito provável que o Tigre e a maquinaria das suas vísceras tenham sido fabricados com o auxílio de artistas habilidosos vindos de Paris. Além danota descritiva do V&A, a Wikipedia conta a história do Tigre e também aqui (http://www.tigerandthistle.net/) se pode saber alguma coisa, mas nada substitui a leitura de um livro formidável, profusamente adornado com imagens dos tesouros de Tipu. De Susan Stronge, Tipu’s Tiger é editado pelo próprio V&A e, em poucas páginas, produz uma envolvente «narrativa», para usar um termo agora em voga, em torno da ascensão ao trono de Tipu, o seu acidentado reinado, e as atribulações do tigre de madeira. O livro de Stronge reproduz relatos da época da captura de Tipu, que asseguram que este só foi morto devido a ter resistido a que um soldado invasor lhe tirasse o cinto, o que é sempre aborrecido de acontecer, para mais tratando-se de um cinto adornado com pedras preciosas ou, no mínimo, semipreciosas. O que os relatos da época não explicam é a razão que levou a autorizar que profanassem o cadáver de Tipu (foi, aliás, um oficial superior que perpetrou a barbárie). Certo é que autoridades reprimiram com dureza os saqueadores, enforcando quatro de uma vez, para servir de exemplo. De caminho, mataram a tiro os tigres que o sultão tinha no seu palácio. Quanto ao abundante guarda-roupa do sultão, os ingleses tiveram a cortesia de convidar os filhos de Tipu a escolherem algumas peças de vestuário do pai, como recordação. Depois, iria tudo à praça, num leilão organizado pela East India Company. Na cidade, porém, correu o rumor que os muçulmanos se preparavam para arrematar tudo, distribuindo as vestes de Tipu pelos crentes, como relíquias – e cita-se – «do profetismo e da santidade do seu carácter». A Companhia cancelou a hasta pública do guarda-roupa, guardou as 57 túnicas (ou jamas), os 84 turbantes (dois dos quais com inscrições corânicas), os 54 casacos e diversos pijamas, transportando tudo para Londres. O interior do palácio de Seringapatam foi vilmente destruído em 1808, o mesmo acontecendo com o palácio Lal Bagh, outra residência de Tipu, cujos destroços foram usados em 1829 na construção de uma pequena igreja cristã, St. Stephen, em Ootacamund. O triunfo do Império foi assinalado de uma forma bastante simbólica, prenhe de significado: cunharam-se medalhas que mostravam um leão, ícone britânico, a dominar um tigre, o animal predilecto do sultão Tipu.
As medalhas, feitas às centenas ou aos milhares, foram distribuídas pelas tropas vencedoras, sendo dadas sobretudo aos cipaios, isto é, aos soldados de origem indiana, para que estes espalhassem entre a população nativa o símbolo do novo poder. Enganaram-se. O poder de Tipu permanece – e pujante. Na Índia, devido aos seus canhões com tigres e aos «mísseis de Mysore», Tipu é considerado um visionário, o pai do lançamento de foguetes e mísseis, celebrado oficialmente. Um indiano da América, vivendo no Montana, lembrou-se de fazer uma bebida em sua honra (http://tipustigerchai.tripod.com/). Há filmes (The Sword of Tipu Sultan, 1990), peças de teatro (The Dreams of Tipu Sultan, 1997), desfiles,sites comemorativos, livros infantis e até, obviamente, tatuagens com o tigre anticolonialista. Para quem puder dispensar uns 48 minutos do seu domingo a ver uma série indiana, ei-lo, Tipu no seu esplendor:

VÍDEO








Se o Tigre de Tipu tivesse pedras preciosas ou adereços de ouro, certamente teria tido outro destino. Sobreviveu. Nas suas entranhas, um intricado sistema de tubos emitia o som pavoroso de um homem a ser devorado por um felino ferocíssimo. Há quem refira que a caixa de música tem uma vaga associação às gaitas de foles tocadas pelos exércitos escoceses – o que, a ser verdade, não deixa de constituir uma refinada ironia. Quando a peça foi trazida para Inglaterra, instalaram-na na biblioteca da East India House (também para lá foi a cabeça gigantesca do tigre que estava no trono de Tipu, e que mais tarde, em 1831, seria oferecida ao rei William IV). Os estudantes e os investigadores que frequentavam a livraria – e que estavam ali para fazer o que faz um verdadeiro estudante, que é estudar à séria, sossegada e discretamente  – ficavam incomodados com o corrupio de pessoas que só iam à biblioteca para ouvir o Tigre e os seus rugidos, agora inofensivos mas ainda assim bastante incomodativos. Os visitantes podiam dar à manivela para ouvir Parece que tanto o tocaram que o animal se avariou, e a caixa de música nunca mais deu sinal de si, fazendo dó. Mas no V&A, para onde foi transferido em 1880, existe uma gravação do tenebroso rugido, que pode ser escutada, o que não foi o meu caso. Há uns vídeos no YouTube, pouco esclarecedores. Mas aconselho o visionamento do segundo, sobre o restauro da peça.

VÍDEOS




  
Com 1,72m de comprido, o bicho é enorme, quase em tamanho natural. O sultão gostava de ouvir o som terrível que produzia, entre outras malvadezas que fazia aos ingleses encarcerados nas masmorras do seu palácio, em Seringapatam a capital do reino de Mysore. A pintura é tipicamente indiana no cromatismo e nos acabamentos, tendo sido restaurada várias vezes ainda em vida de Tipu. Durante a 2ª Guerra Mundial, a peça foi seriamente danificada, ficando desfeita em centenas de pedaços, que cuidadosamente restauraram, ficando como nova em 1947. Repousa hoje numa cela de vidro do Victoria and Albert Museum, no meio de muita tralha de artes decorativas.

Quando a descobriram no palácio de Tipu, os ingleses ficaram impressionados pelo ódio que exalava. Chegaram ao ponto de querer levar o Tigre de Tipu para a Torre de Londres, como castigo: this memorial of the arrogance and barbarous cruelty of Tippoo Sultan may be thought deserving of a place in the Tower of London», escreveu-se na altura. Prevaleceu o bom senso e o Tigre de Tipu é hoje uma peça de museu, a mais conhecida de todas do espólio do sultão de Mysore. Ao contrário do que sucedeu com as jóias e os adornos faustosos, o que o salvou da perdição foi justamente o seu escasso valor comercial, despojado que era de jóias rutilantes ou materiais exóticos. Em contraste, o seu valor simbólico e histórico é enorme, muito superior ao dos muitos tigres de oiro e prata que deambulavam pelos salões do palácio de Tipu. De visita a Londres, para ver a Grande Exposição de 1851, Gustave Flaubert entediou-se de morte com o exibicionismo de Crystal Palace (sobre a construção deste edifício, Bill Bryson tem um relato apaixonante no seu livro Em Casa). Mas, ao ver o Tigre de Tipu, que na altura estava exposto na East India House, ficou maravilhado. Também John Keats se deixou encantar pela peça, fazendo-lhe alusão num longo poema que deixou por concluir (a play-thing of the Emperor’s choice / From a Man-Tiger-Organ, prettiest of his toys). Como Flaubert e Keats, muitos não conseguem resistir à atracção voraz do Tigre de Tipu, que serviu de inspiração a poetas e outros artistas, sendo alvo de várias recriações e pastiches, quase todos de mau gosto. O pior de todos, sem dúvida, é o texto cópia/cola que acabaram de ler.
António Araújo  

Bill Reid, Rabbit eating astroinaut, 2004



M. F. Husain, Tipu Sultan's Tiger, 1986 








30.11.14

FOTOS HISTÓRICAS DO FOTÓGRAFO WILLIAM VANDIVERT


antonio garrochinho

FOTOS HISTÓRICAS IMPERDÍVEIS: as primeiras e reveladoras fotografias do bunker onde Hitler se suicidou

Jornalistas analisam mancha de sangue no braço de sofá localizado no bunker onde Adolf Hitler e Eva Braun se suicidaram; historiadores divergem sobre de quem seria o sangue (Fotos: William Vandivert)
Jornalistas analisam mancha de sangue no braço de sofá localizado no bunker onde Adolf Hitler e Eva Braun se suicidaram; historiadores divergem sobre de quem seria o sangue (Fotos: William Vandivert – Time & Life Picutres/Getty Images)
Colaborador da revista Life entre o final dos anos 1930 e o fim da década seguinte, o americano William Vandivert (1912-1992) foi um dos fundadores da célebre agência Magnum, ao lado de outras lendas do fotojornalismo como o francês Henri Cartier-Bresson (1908-2004) e o húngaro Robert Capa (1913-1954).
Sua invejável reputação como correspondente de guerra se deve, em grande parte, à série de fotografias que ilustra este post, tomadas entre maio e junho de 1945. Algumas estiveram nas páginas de edição daLife de julho do mesmo ano, mas a maioria permaneceu inédita por mais de seis décadas. Agora estão disponíveis no site da revista.
Primeiro fotógrafo a ter acesso ao bunker de Hitler
Hitlers command center in the bunker
A sala central de comando no chamado Führerbunker, o abrigo-fortaleza subterraneo onde o ditador nazista se refugiou nos últimos dias do avanço dos Aliados, em abril de 1945
O ensaio compila os históricos registros produzidos por Vandivert, então com 33 anos, poucos dias após o fatídico 30 de abril de 1945, data do suicídio de Adolf Hitler e sua companheira Eva Braun (com quem se casou pouco antes de ambos morrerem), marco simbólico definitivo da queda do Terceiro Reich.
Vandivert relata visualmente a destruição completa de Berlim, cidade que, antes da investida final dos soviéticos, sofrera mais do que 350 pesadíssimos ataques aéreos dos Aliados entre agosto de 1940 e março de 1945.
Mais do que isso, o fotógrafo revela ao mundo em primeira mão imagens do Führerbunker, o “Refúgio do Líder”, esconderijo subterrâneo onde Hitler e Braun passaram seus últimos dias, dando detalhes minuciosos sobre o local. Também mostra o lugar onde os corpos do casal teriam sido queimados após o suicídio.
As imagens são mesmo imperdíveis. Abaixo, mais uma seleção:
SS-cap
Um quepe da temida SS nazista, com seu inconfundível distintivo de caveira
Hitler
Foto simbólica: busto de Hitler entre os encombros nos arredores do edifício conhecido como Chancelaria do Reich
Hitler
Mais simbolismo: a águia nazista retirada da Chancelaria por soldados russos e um civil alemão (primeiro à esquerda)
Soldado-Berlim
O soldado americano Douglas Page zomba da saudação nazista em pleno “Sportpalast” (Palácio de Esportes), onde Hitler costumava proferir discursos; o edifício foi destruído em janeiro de 1944
Life-Berlim.Hitler
À Percy Knauth (primeiro à esquerda), repórter da “Life”, disseram que esta era a vala onde os corpos de Hitler e Eva Braun haviam sido queimados
Oberwallstrasse
A Oberwallstrasse, rua no centro de Berlim, foi testemunha de alguns dos conflitos mais sangrentos entre soldados soviéticos e alemães
Schöneberg
Vista aérea de edifício do departamento de gás no bairro de Schöneberg, Berlim, em 1945
russos-Nazismo
Mensagens deixadas por soldados, em sua maioria soviéticos, nas estátuas dos jardins da Chancelaria do Reich
cofre-bunker-Hitler
Cofre vaizo no bunker de Hitler
Quadro-bunker-Hitler
Quadro do século XVI, de autor desconhecido, com reprodução da Virgem Maria e Jesus Cristo; a obra, que aparece no bunker, teria sido roubada de museu em Milão
notas-Vandivert
As notas de William Vandivert descrevendo cada fotografia
Vandivert
William Vandivert, o grande fotógrafo de “Life”

30.11.14

PODEMOS A meio do discurso de Pablo Iglésias em Lisboa, na passada 6ª feira (21/11), voltei-me para um amigo do tempo de outras lutas e comentei


antonio garrochinho

PODEMOS


A meio do discurso de Pablo Iglésias em Lisboa, na passada 6ª feira (21/11), voltei-me para um amigo do tempo de outras lutas e comentei: Isto é paleio do tipo do que nós tínhamos na CDE (1969/74), não é? Ele sorriu, e respondeu: Pois é, é isso...

Muitos de vocês não são desse tempo, ou não andaram por lá, mas posso dar-vos outro termo de comparação: Ouçam o secretário geral do Podemos, e depois digam-me se não há por ali, num tom diferente, muito do tipo do discurso dum Chavez, ou dum Lula do tempo do PT ainda à conquista do poder.

Pablo Iglésias, que vem das Juventudes Comunistas de Espanha, onde militou dos 14 aos 21 anos, não é um Chavez nem um Lula, mas é seguramente o que de mais próximo conseguiremos encontrar num politico europeu sintonizado com os problemas e a realidade social e politica desta segunda década do século XXI.

E embora com um carácter claramente populista nem vale a pena, para já, tentar definir politicamente o Podemos, numa altura em que eles próprios não sabem ainda onde esta estimulante aventura os irá conduzir.

Com hipótese de vir a ser o primeiro caso deste lado do Atlântico, dum movimento popular de esquerda nascido à margem da esquerda tradicional, semelhante a diversos casos bem conhecidos, e bem sucedidos, da América Latina.

O que Pablo Iglésias e o Podemos para já estão a conseguir é romper a barreira, o cordão sanitário ideológico e politico, com que o capitalismo e o seu aparelho de Estado (em sentido lato) tem conseguido, com grande sucesso, isolar a esquerda não social democrata. E o resultado está à vista. 

aessenciadapolvora.blogspot.pt

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