Se você não serviu o exército em um Batalhão de Engenharia, possivelmente há de ficar boquiaberto com este vídeo. Do contrário, vai gostar da coordenação desses pontoneiros russos, mas já certamente sabe como funcionam as pontes flutuantes militares, que são essencialmente estruturas temporárias utilizadas em situações de emergência civil ou em tempos de guerra, que servem ao princípio de realizar travessias em áreas onde não seja economicamente viável construir uma ponte fixa.
As técnicas modernas de construção das pontes flutuantes chegaram com as guerras e a necessidade de cruzar rios em quaisquer lugares que permitiam aos pontoneiros vulnerar o franco do inimigo.
Se você não serviu o exército em um Batalhão de Engenharia, possivelmente há de ficar boquiaberto com este vídeo. Do contrário, vai gostar da coordenação desses pontoneiros russos, mas já certamente sabe como funcionam as pontes flutuantes militares, que são essencialmente estruturas temporárias utilizadas em situações de emergência civil ou em tempos de guerra, que servem ao princípio de realizar travessias em áreas onde não seja economicamente viável construir uma ponte fixa.
As técnicas modernas de construção das pontes flutuantes chegaram com as guerras e a necessidade de cruzar rios em quaisquer lugares que permitiam aos pontoneiros vulnerar o franco do inimigo.
Um pequeno incêndio foi relatado na manhã de quinta-feira passada no ISEGS (Ivanpah Solar Electric Generating System), Califórnia, forçando uma paralisação temporária. Agora, a usina está funcionando a um terço da sua capacidade: uma das torres está desligada devido ao incêndio, e outra está sob manutenção de rotina.
Segundo a Associated Press, apagar o incêndio não foi tarefa fácil. Os bombeiros foram obrigados a subir 90 m em uma torre da caldeira para chegar ao local. As autoridades disseram que o fogo estava localizado a cerca de dois terços da altura da torre.
Os funcionários da usina conseguiram controlar as chamas enquanto os bombeiros chegavam ao local, e o fogo foi extinto cerca de 20 minutos após ter começado.
Dutos de vapor e tubulações de água danificados. (San Bernardino County Fire Department via AP)
Localizada num terreno de 16 km² no deserto de Mojave, a usina térmica Ivanpah está equipada com 173.500 coletores de energia solar – cada helióstato tem dois espelhos – que concentram a luz em caldeiras localizadas no topo de três torres de 140 m.
O enorme calor gerado pela energia solar concentrada produz vapor que move turbinas para gerar eletricidade. A usina, por enquanto a maior de seu tipo, possui uma capacidade bruta de 392 megawatts, o suficiente para abastecer 140.000 casas nos EUA. Cada um dos espelhos solares refletores, controlados por computador, tem o tamanho de uma porta de garagem.
Um porta-voz da empresa diz ser muito cedo para comentar sobre a causa, mas parece que o problema pode ter começado com espelhos desalinhados. Mike McClintock, o capitão dos bombeiros do condado de San Bernardino, declarou à AP que alguns espelhos refletiam a luz solar para um nível diferente na terceira torre, fazendo com que os cabos elétricos pegassem fogo.
O incidente revela os perigos da energia solar concentrada, bem como a necessidade de assegurar que os espelhos estejam sempre mirando o alvo certo. Além de serem uma ameaça para si próprias, estas usinas também podem representar um perigo para a vida selvagem: em 2014, a Ivanpah incendiou vários pássaros enquanto eles sobrevoavam o local. Enquanto isso, pilotos de avião reclamaram do brilho intenso.
Este é mais um revés para a usina. Nos últimos meses, ela foi incapaz de cumprir os níveis de geração estipulados em seu contrato de compra de energia, e recebeu uma prorrogação até 31 de julho para melhorar seu desempenho. Este incêndio, obviamente, não vai ajudar.
O que as pessoas fora da Rússia sabem dos Montes Urais? Como regra geral, muito pouco. A partir do curso da geografia na escola, sabe-se que os Urais são a fronteira entre a Europa e a Ásia. Também se tornou muito conhecida pela trágica história da morte, nas encostas nevadas dos Urais, em 1959, de um grupo de turistas, liderados por Igor Dyatlov, num caso que ainda não foi explicado. Ultimamente, essa história se difundiu a tal ponto, que Hollywood, em sua onipresença, não deixou passar batido o tema e lançou um filme em 2013 – O mistério da passagem da morte.
No entanto, os Urais não são apenas uma das mais antigas (se não a mais antiga) das cordilheiras do planeta, como também, um verdadeiro tesouro a ser explorado. Tesouro em minerais, como ouro, pedras preciosas e semi-preciosas, minérios, bauxita (difícil é nomear alguma coisa que não exista nas suas entranhas). Guarda também, segredos e mistérios de uma região abundante em locais e eventos anômalos. Naquela região, há relatos de encontros com criaturas desconhecidas à ciência, movimentações de misteriosas esferas brilhantes, além de aterragens e sobrevoos de OVNIs… Molyobka é um desses lugares que há muito se tornou paragem de peregrinação para os amantes do mistério. Na localidade foi edificado um monumento alusivo aos alienígenas.
Mas, se o “batyushka-Ural” (o “paizinho Ural”, como é conhecido na Rússia), compartilha generosamente com o homem os seus minerais, ele não age assim com relação a tais segredos, os quais vêm se revelando de uma forma lenta e relutante. Especialmente, os segredos da sua antiga história, guardados entre as suas serras e colinas. Começaram a se abrir ao homem partindo da parte sul, na região do Ural do Sul.
mapa da Terra das Cidades
Em 1987 foi descoberto lá o Arkaim, um assentamento-cidade muito antigo e, em 1991, toda a região foi declarada como “reserva”. Arkaim, como também outros assentamentos antigos encontrados no Ural do Sul seria, aparentemente, restos remanescentes da “Terra das Cidades”, uma das mais antigas civilizações da humanidade.
A “Terra das Cidades” estaria situada no sul da Região de Chelyabinsk, entre os rios Ural a oeste e Tobol, ao leste. O país arqueológico de Sintashta e Arkaim se estenderia ao longo das encostas orientais dos Urais, de norte a sul por aproximadamente 400 km, e de leste a oeste, por 100 a 150 km. O grupo de assentamentos fortificados é datado por volta de três mil a dois mil anos antes de Cristo.
Os seus habitantes foram contemporâneos da primeira dinastia da Babilônia, dos faraós do Médio Império do Egito e da cultura creto-micênica do Mediterrâneo. A época de sua existência corresponde aos últimos séculos da famosa civilização do Vale do Indo, Mohenjo-Daro e Harappa. Em todos os assentamentos destacam características de suas construções originais, que não se assemelham a nada familiar: paredes grossas, complexas estruturas defensivas, fornos, talheres de artesanato, um nítido sistema de comunicações…
No Arkaim foi encontrado um observatório do máximo nível de precisão, que toma por base a posição dos astros em relação ao horizonte, sendo considerado o mais complexo observatório entre os conhecidos no mundo (considerando também o de Stonehenge)… E mais um enigma: faz cerca de cinco mil anos, Arkaim foi abandonada pelos seus habitantes e, aparentemente, também queimada por eles mesmos.
ruínas do Arkaimreconstituição do Arkaim
São também de interesse para os cientistas e aficionados os complexos megalíticos na ilha de Vera, sempre na mesma região do Ural do Sul. Faz 10 anos, chegou a ser uma sensação a descoberta do misterioso mapa lítico tridimensional em Chandar (o chamado “Mapa do Criador”).
megalito encontrado na região do Ural do Sulo “mapa do Criador”
Relativamente há pouco tempo, nas mesmas paragens próximas à Arkaim, uma descoberta de nível mundial foi feita por Alexandre Shestakov, um etnógrafo regional, natural de Chelyabinsk. Ele encontrou na encosta da serra do Zyuratkul, no Ural do Sul, a três quilômetros do lago de mesmo nome, um geoglifo, ou gigantesco desenho artificial na superfície da terra. Trata-se do único geoglifo descoberto na parte continental da Eurásia.
Ainda na década de 1980, Shestakov, amante do turismo esportivo, notou sobre um prado verde, perto do lago Zyuratkul, umas estranhas raias da relva amarelada. Tais linhas se estendiam por centenas de metros. Primeiramente, o historiador regional não deu muita importância ao fato.
Mas, há seis anos, quando se criava a rota ecológica na reserva de Zyuratkul, ele visitou novamente o sítio e observou outra vez umas ranhuras incomuns. Não havia nenhuma explicação para tais sulcos. Então, o etnógrafo decidiu lançar uma olhar “superior” ao lugar. Buscou imagens de satélite do local e ao ajustar a imagem não pôde crer aos seus olhos: a partir das linhas traçadas formava-se a silhueta clara de um animal. Após o processamento da imagem num editor de fotografias, ficou claro que um gigantesco alce estava representado na superfície.
Shestakov comunicou a sua descoberta aos arqueólogos de Chelyabinsk. No início, estes se mostraram céticos sobre a notícia, pois em todo o vasto território da Rússia ainda não se tinha encontrado geoglifo algum. Além disso, segundo a descrição de Shestakov, esse geoglifo possui dimensões realmente avantajadas, comparáveis apenas com as linhas de Nazca, no Peru.
E assim, os arqueólogos foram até o local, examinaram o achado e se certificaram de que a origem das estranhas linhas não era natural, mas artificial. “Estou cem por cento seguro disso”, afirmou então Stanislav Grigoryev, um arqueólogo de Chelyabinsk. Segundo ele, o desenho pôde ter uma significação sagrada, isto é, um apelo aos deuses, como é evidenciado pelo fato de que a forma do alce pode ser vista em detalhes apenas das alturas.
imagem aérea do geoglifo do alce e abaixo os contornos da imagem foram reforçados
As escavações tiveram início em 2011 e até agora, os cientistas já anunciaram os primeiros dados desse achado incomum. O geoglifo de Satka (nome do distrito onde está localizado) representa uma imagem gigantesca de um alce, com um diâmetro de 275 metros, montada no chão com pedras e barro. A obra possui 218 metros de comprimento por 278 metros na diagonal. O comprimento total do alinhamento lítico é de 2 km. A largura das linhas em seu estado atual é de até 5 metros.
Provavelmente, tais linhas foram feitas da seguinte forma: nos contornos foram colocadas pedras grandes, depois, foram feitos dois muros de alvenarias de pedras secas, e todo o espaço vazio foi fechado com pequenas pedras de quartzito branco — é precisamente por isso que o desenho é visível tão claramente no chão.
detalhe dos materiais encontrados na formação das linhas do imenso desenho
Mas se toda a imagem só é visível de cima, como, então, foi criada em uma época remota, quando ainda não existiam instrumentos topográficos? Alexandre Shestakov ofereceu sua versão. Primeiro, opina ele, foram colocadas grandes pedras como balizas, e depois, orientando-se por elas, se alinhava o geoglifo inteiro. Os arqueólogos parecem ter encontrado um suporte para essa versão: nos cantos e pontos de curvas da figura estão colocadas enormes rochas, completamente diferentes em tamanho daquelas que desenham a figura do alce no terreno. Curiosamente, estando sobre cada uma dessas pedras mais elevadas, é perfeitamente visível o desenho inteiro. “Isso explica como as pessoas iam criando no chão esse desenho grandioso dentro de uma escala”, disse Shestakov. E conclui ele, “Aqueles que administravam o processo, poderiam estar parados nas quadras de vigia, avistando toda a área e dirigindo o assentamento das pedras”.
pedras utilizadas na formação das linhas do imenso desenho
Durante as escavações foi encontrada uma série de ferramentas. Para a surpresa dos cientistas, tratava-se principalmente de enxadas líticas e não de ferramentas para fragmentação de pedras. É possível que as ferramentas teriam sido empregadas para remover a camada superior do solo.
Datação preliminar
arqueólogos observam a formação do achado
É por meio da análise da espessura da camada de solo que foi feita a primeira datação aproximada da época da criação do geoglifo. “No tempo da criação desse geoglifo a camada de húmus foi de aproximadamente 10 centímetros, e agora os depósitos são cerca de 30-40 centímetros. Partimos do ponto zero, que é a descida da geleira, quando a camada do solo como tal de fato não existia ainda, e em todo lugar apareciam apenas rochas nuas, e era assim no por volta do 10º e 11º milênios a.C.”. De acordo com os arqueólogos, o alce gigantesco foi desenhado aproximadamente durante o período Neolítico, a Idade de Pedra tardia, ou seja, de seis a oito mil anos atrás. E isso é uma verdadeira sensação. O fato é que os geoglifos de Nazca datam do primeiro ao quinto século a.C.
Outro indício que permitiu fazer a datação primária foi a lasca do núcleo lítico descoberto durante escavações no focinho do animal. Trata-se de um pedaço de sílex do qual se quebrava lascas ou placas em forma da faca para fazer ferramentas líticas, “A tecnologia típica de processamento da lasca do núcleo encontrado foi usada precisamente a partir do sexto para o terceiro milênio a.C.”, segundo Stanislav Grigoryev.
amostra recolhida poderá determinar a datação do achado
No entanto, a datação mais exata será feita após a análise do pólen e esporos de plantas, cujas amostras foram recolhidas no local da escavação.
Entretanto, a história ainda não termina por aqui. Estudando o terreno e imagens de satélite, Alexandre Shestakov descobriu que, em tempos antigos, estariam construídos próximo ao lago, pelo menos, 15 assentamentos. Ainda da década de 1960, quando por razão da construção da barragem, as águas do lago baixaram de nível, começaram a se encontrar algumas pedras redondas do tamanho de botões, com um buraco no meio.
O etnógrafo regional acredita que tais artefatos foram usados como rolamentos, que os nossos ancestrais montavam em varas para fazer fogueiras. Ao mesmo tempo, poderiam ser também um símbolo do sol.
Alexandre Shestakov seguiu as menções sobre pedras semelhantes: “Foram encontradas na região do Báltico, na Criméia, nos edifícios antigos no território de Israel e Palestina. Mas a quantidade especialmente maior dessas pedras foi encontrada aqui, no Ural do Sul”.
O pesquisador propôs a teoria de que os habitantes dos assentamentos, que na Idade da Pedra desenharam o alce gigantesco, fundaram também o famoso e misterioso Arkaim e toda a chamada “Terra das Cidades”. É pouco provável que fosse uma mera coincidência o fato de que, Arkaim, sendo arredondada, com um espaço livre na sua parte central, se assemelha pela forma a uma pedra símbolo de fogo, e que os assentamentos da “Terra das Cidades” são parecidos pela sua arquitetura à antiga cidade-matriz à beira de Zyuratkul. Talvez, essas pessoas poder-se-iam ser uma espécie do núcleo da civilização humana, que começou a se desenvolver após o fim da idade de gelo?
Cientistas falam sobre a descoberta
Jochen Fornazir, pesquisador do Instituto de Arqueologia da Universidade de Frankfurt, Ph.D.: “Sim, na verdade, ainda não sabemos de onde vieram as pessoas que povoaram a ‘Terra das Cidades’. É possível que eles tenham descido das montanhas do Ural do Sul ou talvez, de outro lugar. Para dizer exatamente, seria preciso efetuar pesquisas sérias no Zyuratkul, encontrar um certo conjunto de artefatos deixados pelos habitantes desses lugares. No entanto, o geoglifo encontrado não perde o seu valor. Se tudo for como acreditam os colegas, na verdade, será o mais antigo e maior do mundo até agora”.
Nicolay Menshenin, especialista principal do Centro para a Protecção do Património Cultural da Região de Chelyabinsk: “Essa descoberta pertence à categoria das revolucionárias. A equipe de exploração já confirmou o caráter artificial e a antiguidade da construção. Mas eu não estou inclinado a acreditar que foi a partir daqui que se iniciou o reassentamento dos povos e a transferência massiva da cultura para outras partes do mundo. A densidade da população da Terra no período Neolítico foi uniforme em quase todas as áreas. Nem vou argumentar que a tradição de edificar estruturas gigantescas chegou à América de nossas paragens. O desenvolvimento de tais tradições se efetuou em várias partes do mundo, e isso é devido a uma lei de desenvolvimento da psique humana, do mundo espiritual. É claro que, em diferentes continentes, essas tradições evoluíram em diferentes momentos”.
Também outra questão preocupa aos especialistas: por que, precisamente o alce está representado nesse enorme geoglifo? O primeiro pensamento que vem à mente é que os autores caçavam os alces e os adoravam. Mas aqueles homens também caçavam outros animais. Então, por que o alce?
mapa do céu com Alce
Talvez a resposta seja oferecida pela arqueoastronomia, ciência que busca as ligações das estruturas do Paleolítico com as formações estelares no céu em suas respectivas épocas. Constantin Bystrushkin, arqueólogo russo, especialista em arqueoastronomia, oferece sua versão.
Para ele, “A penetração no mundo espiritual dos povos do Paleolítico, inesperadamente rico e complexo, é impossível sem o reconhecimento do papel preponderante do céu e dos eventos celestiais nas suas vidas. O principal obstáculo nesse caminho não é a ignorância geral da astronomia dos especializados nas Humanidades, mas uma reação dolorosa da concepção histórica tradicional do mundo, segundo a qual o homem primevo apareceu como um selvagem primitivo”, afirmou arqueoastrônomo.
Bystrushkin segue afirmando que, “Tais construções enormes e dispendiosas (em termos de despesas em trabalho e projetos) sempre, e em todas as partes, estão relacionados com a cosmologia. O geoglifo de Zyuratkul não é nenhuma exceção. É uma representação da constelação do Alce. Não há uma constelação assim nos mapas modernos do céu, porque foi perdido há muito tempo pelas civilizações do sul. Mas, no céu do norte, a figura do alce pode ser encontrada. É necessário buscar no céu o dobro da figura do geoglifo de Zyuratkul. E o problema tem uma única solução: o antigo Alce agora é representado por seis constelações de uma vez: Perseu, Andrômeda, Cassiopeia, Triângulo, Áries e Peixes. O Alce perdido é uma constelação enorme. Agora é perfeitamente visível na parte sul do céu invernal. Exemplos de tal ‘desmembramento’ das constelações são numerosos na astronomia antiga”, afirmou o cientista.
Mas qual seria a razão de os antigos imprimirem um enorme geoglifo precisamente naquele lugar? De acordo com Bystrushkin, seria a seguinte: “O ponto mais alto de Zyuratkul tem as coordenadas 54° 57 ’25” N 59° 10 ’48 E”. A partir do cume da serra do Zyuratkul até o geoglifo temos de 1.700 a 1.900 metros, o azimute de 151° a 158°. O meio da figura é distante a 1.800 metros, o azimute, 154,5 ° — sul-sudeste”.
E segue o seu raciocínio, “Uma importância particular têm o azimute e o rumo sul-sudeste. Precisamos entender quando em que circunstâncias a constelação do Alce se elevava sobre essa parte do horizonte para um observador de pé no ponto mais alto do cume do Zyuratkul. É possível que o Alce celestial esteja localizado direitamente sobre o Alce terrestre e assim ambos os Alces podem ser vistos simultaneamente. Para confirmar isso, seria necessário calcular o evento astronômico ou calendário celeste daquele momento. O inverno e a primavera estão excluídos, já que o geoglifo não é visível sob a neve. E a outono, na era da glaciação, tampouco, seria apropriado. Fica apenas o solstício de verão… E agora é preciso encontrar o análogo celestial do Alce, que nas condições atuais e no céu atual terá o mesmo papel que o Alce teve no Paleolítico. Acontece que há apenas uma constelação no céu que pode satisfazer plenamente o gosto refinado dos cosmólogos. Essa constelação é chamada de Ophiuchus. Primeiro, o atual Ophiuchus no céu estelar é simétrico ao antigo Alce. Em segundo lugar, agora está no equador celestial exatamente como o Alce estava no mesmo equador celestial há 11 mil anos”, afirma Bystrushkin.
Para o pesquisador, “Ninguém pode negar a existência do geoglifo e sua importância como um observatório. E nós colocamos uma data absoluta, embora preliminar e, portanto, cuidadosa: oito a dez milênios a.C.”.
Quando eu examinava a figura do alce no Google Earth, fiquei surpreendida com a sua localização “ao contrário”. Isto é, os chifres para o sul e as pernas para o norte. Como se estivesse caminhando no céu, e não no chão. Por quê?
A primeira resposta que vem à mente é que dessa maneira seria mais apropriado observar o alce das encostas da serra de Zyuratkul.
Mas, o mesmo Constantin Bystrushkin oferece a sua própria versão como resposta: “A simulação mostra como no solstício de verão, desde o crepúsculo, a constelação de Ophiuchus paira sobre o Alce lítico, e na distância entre eles é visível todo o espaço aquático do lago. E os seus contornos também lembram um alce. Para um observador no cume de Zyuratkul, a ‘cabeça de água’ de alce com chifres grandes é dirigida a ele, e as pernas estendidas para o norte. Ele ‘caminha’ de sudeste a noroeste, do Alce celestial para o Alce terrestre, o lítico. Mas, durante esse encontro também está presente um quarto alce — o reflexo da alegoria estelar sobre a superfície da água do lago. A tarefa principal é encontrar um ponto de observação, do qual sejam visíveis quatro alces de uma vez. Do alto da serra são vistos três, das pernas do alce geoglífico também três, mas, outros? Como resolver esse problema ainda é desconhecido. Um espectador iniciado nos meandros da cosmologia, chegando na hora certa e no lugar certo, poderia ter uma forte experiência estética e espiritual”, declarou o pesquisador.
Enquanto isso, a escavação no sítio da descoberta continua.
fontes:
* Natália P. Dyakonova é filóloga e pintora profissional, pesquisadora e historiadora por inclinação.
Ao longo do tempo, a história nos apresentou diversas relações amorosas tão bizarras que são até difíceis de acreditar. Casos de incesto eram bem comuns na antiguidade. Atualmente eles até existem, mas em alguns lugares são proibidos e levam à prisão.
Baseado em algumas histórias bem bizarras que existem por aí, o Ultra Curioso elaborou esta matéria para que você conheça as 7 relações amorosas mais bizarras existentes no mundo, confira:
1 – Woody Allen e Soon-Yi Previn
Um dos relacionamentos mais polêmicos dos últimos tempos é o do cineasta Woody Allen com Soon-Yi Previn, filha adotiva de sua ex-esposa Mia Farrow. A relação começou em 1992, quando Soon-Yi tinha 19 anos e Woody tinha 57 anos. Os dois se casaram em 1997, em meio a diversas acusações de abuso sexual contra Allen.
2 – Calígula e Drusilla
Calígula era irmão de Drusilla e, segundo alguns historiadores, os dois tiveram um relacionamento amoroso tão intenso que o imperador romano teria ordenado que ela terminasse o casamento para que ela se tornasse sua amante. Calígula nunca se recuperou da morte da irmã, se lamentando publicamente como se fosse viúvo.
3 – Os Tomainis
Al Tomani era um gigante que trabalhava em circo e sua altura era de 2,54m. Al conheceu Jeani, sua futura esposa, que nasceu sem as duas pernas e tinha apenas 76cm.
4 – Patrick Stuebing e Susan Karolewski
Este é o casal de irmãos que teve 4 filhos e vive junto desde 2001. Os dois vivem na Alemanha, aonde o incesto é proibido, o que fez com que Patrick fosse condenado a três anos de prisão pelo crime.
5 – Os Bunkers e Os Yateses
Chang e Eng Bunker eram gêmeos siameses nascidos no século 19. Em 13 de abril de 1843 eles se casaram com duas irmãs: Chang com Adelaide Yates e Eng com Sarah Anne Yates. Por morarem todos juntos, frequentemente as esposas viviam brigando, o que os levou a morarem em casas separadas e a alternarem três dias em cada casa.
6 – Eija Riitta e o Muro de Berlim
Eija Riita se apaixonou com tanta intensidade pelo muro de Berlim, que se casou com ele em sua sexta visita ao muro. A paixão foi tanta que ela incluiu em seu sobrenome “Berliner Mauer”, ou seja, Muro de Berlim.
7 – Blanche Dumas e Juan Baptista dos Santos
Este talvez seja o casal mais incomum desta lista, pois Blanche Dumas nasceu com três pernas, duas vaginas e quatro seios, e Juan Baptista dos Santos também nasceu com três pernas e dois pênis. De acordo com alguns relatos relação dos dois era bem intensa e o apetite sexual dos dois era insaciável.
Cada vez é mais evidente que o Banco de Portugal já não é o Banco de Portugal, mas uma agência do Banco Central Europeu, que atua por ordens de Frankfurt e que, quando decide pela sua cabeça, desculpa-se depois com as ordens que supostamente vêm de fora. Os exemplos já são muitos mas hoje surgiu mais um.
Pelo seu estatuto orgânico, o Banco de Portugal apenas obedece ao BCE. O governador é inamovível e não pode ser demitido pelo Governo, a não ser no caso de falha grave (mas até agora nunca tal aconteceu em nenhum país da União Europeia). E quando o país foi obrigado a cortar duramente em salários e reformas, os funcionários do Banco de Portugal mantiveram-se olimpicamente “a latere” desse esforço.
A primeira grande confusão veio, contudo, com a resolução do BES. Supostamente, o BCE decidiu exigir num fim-de-semana uma linha de crédito de três mil milhões concedida ao banco e impedir o seu acesso para se refinanciar junto do Eurosistema. O Governo PSD/CDS não lutou contra esta imposição, o Banco de Portugal também não e o terceiro maior banco do sistema, na altura já liderado por uma pessoa escolhida e convidada pelo próprio governador, Vítor Bento, foi mesmo riscado do mapa, com prejuízos enormes para milhares de depositantes e acionistas e para a economia nacional.
Não contente com isto o Banco de Portugal voltou a ter uma atuação perfeitamente opaca no caso do Banif, cuja resolução impôs em Dezembro de 2015, depois de ter assistido de forma passiva à aparente degradação da situação, tanto mais que tinha um homem nomeado por si na administração do banco, que depois passou a ser o responsável pela supervisão do banco central. Para além do custo para acionistas e clientes, desta vez os contribuintes também receberam uma fatura de três mil milhões para pagar. E o governador atirou responsabilidades para cima de todos (o presidente do Banif, o anterior e o atual Governo, a Comissão e o BCE), menos para si próprio.
Não contente com isso, o Banco de Portugal decidiu de repente passar cinco emissões obrigacionistas que estavam no Novo Banco para o banco mau, o que atraiu as atenções dos investidores internacionais para a situação do país e pressionou as taxas de juro da dívida pública para a alta, além de criar uma desconfiança acrescida na atração de investimento estrangeiro e novas pressões das agências de rating.
Agora, pelos vistos, o Banco de Portugal quebrou uma regra que se repetia anualmente: entregar os seus dividendos ao Estado em Abril, já que fecha as suas contas em Março. Pois bem, este ano passou essa entrega para Maio, o que está a ser um motivo adicional para em Bruxelas se pedir que o país seja alvo de sanções (pelos resultados de 2015) e que ponha em prática novas medidas (porque a evolução orçamental não está em linha com o previsto).
Disse o primeiro-ministro que, se o Banco de Portugal tivesse entregue as verbas em causa em Abril, a evolução orçamental estaria em linha com o previsto e seria mesmo mais favorável. Mais: explicou que bastaria isso para que o défice estivesse com uma evolução melhor, mesmo que o Banco de Portugal, justificando-se com uma alteração de regras, vá entregar este ano ao Estado apenas um terço do que entregou em anos anteriores.
Ora mesmo sem uma pessoa ser adepto das teorias da conspiração, começam a ser casos demais contra os interesses do país. Ou se levarmos a teoria ainda um pouco mais longe, começam a ser casos demais contra o atual Governo, com que obviamente o governador não compartilha as mesmas opções económicas e ideológicas.
Convenhamos, por isso, que Carlos Costa começa a estar a mais na liderança do Banco de Portugal. Mas como manifestamente não se vai demitir, então talvez seja boa ideia começar a chamar-lhe funcionário superior do BCE e não governador do Banco de Portugal – que, como digo, já não existe. O que há é uma casta de funcionários, que não estão sujeitos às leis do país, liderados por um senhor que está sempre do lado de Bruxelas e Frankfurt – e não de Portugal.