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31.10.17

As torres do silêncio - religiões e práticas chocantes


antonio garrochinho


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O zoroastrismo, também chamado de masdeísmo ou parsismo, é uma religião monoteísta fundada na antiga Pérsia pelo profeta Zaratustra, a quem os gregos chamavam de Zoroastro.
É considerada como a primeira manifestação de um monoteísmo ético. De acordo com historiadores da religião, algumas das suas concepções religiosas, como a crença no paraíso, na ressurreição, no juízo final e na vinda de um messias, viriam a influenciar o judaísmo, o cristianismo e o islamismo.
Tem seus fundamentos fixados no Avesta e admite a existência de duas divindades (dualismo), representando o Bem (Aúra-Masda) e o Mal (Arimã), de cuja luta venceria o Bem.
A doutrina de Zaratustra foi espalhada oralmente e suas reformas não podem ser entendidas fora de seu contexto social. O indivíduo pode receber recompensas divinas se lutar contra o mal em seu quotitidiano, como pode também ser punido após a morte caso escolha o lado do mal. Os mortos são considerados impuros, então não são enterrados, pois consideram a terra, o fogo e a água sagrados, eles os deixam em torres para serem devorados por aves de rapina.
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Práticas funerárias
Os zoroastrianos acreditam que o corpo humano é puro e não algo que deva ser rejeitado. Quando uma pessoa morre o seu espírito deixa o corpo num prazo de três dias e o seu cadáver é impuro. Uma vez que a natureza é uma criação divina marcada pela pureza não se deve polui-la com um cadáver.
Na prática, esta crença implicou que os cadáveres dos zoroastrianos não fossem enterrados, mas colocados ao ar livre para serem devorados por aves de rapina, em estruturas conhecidas como Torres do silêncio (dakhma).
Após a morte um cão é trazido perante o cadáver, num ritual que se repete cinco vezes por dia. No quarto onde se encontra o cadáver arde uma pira de fogo ou velas durante três dias. Durante este tempo os vivos evitam o consumo de carne.
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Os participantes no funeral vestem-se todos de branco, procurando-se evitar o contato direto com o defunto. O cadáver (sem roupa) é então depositado numa torre do silêncio. Depois das aves terem consumido a carne, os ossos são deixados ao sol durante algum tempo para secarem.
Por vários motivos (relacionados por exemplo com a diminuição da população de aves de rapina ou com a ilegalidade desta tradição em alguns países) esta prática tem sido abandonada por zoroastrianos residentes em países ocidentais e até mesmo no Irão e Índia, optando-se pela cremação.
As torres do silêncio
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As torres do silêncio são construções de forma circular que têm costumes funerários e símbolos para os adeptos do Zoroastrismo. Eles consideram o corpo de um cadáver impuro e para não violar a sacralidade da terra, se recusam a enterrar ou cremar um corpo.
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Em vez disso, colocam o cadáver no topo de um edifício nas montanhas, onde os abutres vêm e comem sua carne, logo após, os ossos ficam em contato com cal, para que possam se desintegrar e posteriormente, os restos, possam ser lançados na água onde o curso continua até o mar, não tocando o solo.
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Este antigo costume está desaparecendo. No Irão, a pátria original do zoroastrismo, a última torre do silêncio, Yazd, foi fechada por falta de equipamentos e mão de obra humana para mantê-la.
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Agora, se um zoroastriano morre sem deixar oficialmente registado seu desejo de ter seu corpo enviado para que tratem de se livrar do seu cadáver por esse método na Índia, e a família não paga as despesas, haverá um funeral para ele em conformidade com sua fé.
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Vista aérea de uma antiga torre na periferia de Yazd, Irão, atualmente em desuso. Por motivos de saúde, nos anos 70 do século passado, foi banido do país os ritos funerários de praticantes do Zoroastrismo
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A única torre do silêncio ainda ativa está localizada em Mumbai, mas mesmo na Índia, as comunidades adeptas ao Zoroastrismo têm encontrado dificuldades em continuar com seu ritual funerário tradicional, que é caro e difícil, pelo desaparecimento cada vez mais rápido dos abutres.
Parece que se aproxima o dia em que a torre do silêncio desaparecerá da face da terra e com ela a religião Zoroastriana.
10 Torre do silêncio em Mumbai, na Índia. Foto tirada em 1880
Torre do silêncio em Mumbai, na Índia. Foto tirada em 1880.
Hoje em dia, a maioria dos zoroastrianos, Parsis (como são conhecidos na Índia) ou membros da Comunidade Zoroastriana do Irão, Paquistão, EUA, UK, Austrália e outros países, são cremados e suas cinzas lançadas no mar.
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Alojamentos abaixo da Torre do Silêncio
Alojamentos abaixo da Torre do Silêncio
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Torre de pedra em Delhi (ao pé do Qutub Minar) usada pelos seguidores de Zoroastro para depositar os cadáveres, a fim de serem consumidos pelos abutres.
Torre de pedra em Delhi (ao pé do Qutub Minar) usada pelos seguidores de Zoroastro para depositar os cadáveres, a fim de serem consumidos pelos abutres.
As fotos abaixo foram tiradas de uma torre do silêncio, localizado na Índia, no final de 1990:
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31.10.17

Leia algumas das mais bizarras filias sexuais


antonio garrochinho


Todos conhecem certas fantasias, taras estranhas, umas normais e conhecidas, outras bastante perturbadoras 


Fiz uma recolha delas e encontrei umas novas que são assustadoramente loucas, tal como os novos tempos, o são. Estas taras chamam-se Parafilias e irei divida-las em três categorias, “Aceitáveis, Estranhas e Insanas”.

Aceitáveis:
Agorafilia – Desejo doentio pela prática de sexo em lugares abertos, ou ao ar livre.
Agrofilia – Excitação em fazer sexo no campo/mato.
Anemofilia – É a excitação sexual com vento ou sopro nos genitais ou em outra zona erógena.
Coreofilia – Prazer sexual durante a dança.
Nesofilia – Consiste da atração pela cópula em ilhas, geralmente desertas.
Orquifilia – Atração sexual por testículos.
Partenofilia – Fixação sexual por virgens.
Pigofilia – Atração sexual por nádegas.
Pogonofila – Excitação sexual por barbas.
Pregnofilia – Desejo sexual por mulheres grávidas.
Tricofilia – Fetiche por cabelos e pêlos.
Estranhas:
Dendrofilia – Excitação sexual com vegetais.
Gerontofilia – Atração sexual por idosos.
Maieusofilia – É uma parafilia que consiste em sentir excitação sexual pela visualização de partos.
Menofilia – Excitação sexual por mulheres menstruadas.
Nanofilia – Atração sexual por anões.
Insanas:
Cinofilia – É a excitação sexual por cães.
Clismafilia – É a atração sexual causada por clisters.
Coprofilia – é a excitação e prazer sexual ao entrar em contacto com as fezes do/a parceiro/a
Emetofilia – Excitação obtida com o ato de vomitar ou com o vomito de outro. Chamado de “banho romano”.
Hipofilia – Sexo com cavalos.
Necrofilia – Atração sexual por mortos, tanto pela visão quanto pelo contacto sexual.
Pedofilia – Atração sexual por crianças, considerado desvio sexual e crime. Os peritos dividiram a Pedofilia em vários subtipos, para identificar se é uma tara hétero, homo, lésbica, etc. Eu acho que só deve ter um nome, para que seja bem identificado e os elementos com esta tara devem ser colocados a arder num pelourinho!
Urofilia – É a excitação associada ao ato de urinar ou receber o jacto urinário do parceiro, chegando-se, em alguns casos, a beber a urina. É também designada como Ondinismo ou Urolagnia ou pelo termo popular “Chuva Dourada”.
Zoofilia – desejo sexual por animais.
E pronto estas são as filias, já conhecidas por muitos de vós. Mas de tempos a tempos parecem surgir novas e há medida que o tempo avança, parecem cada vez mais difíceis de justificar. Ora aqui vão as mais recentes descobertas:
Autonepiofilia: Prazer em usar fraldas, babetes ou chupetas e ser tratado com o um bebé por outros adultos.
Oculofilia: Pessoas que se excitam com olhos de outras pessoas, a ponto de chegar ao orgasmos tocando, lambendo e até penetrando (?????????) a zona ocular.
Flatofilia: Prazer erótico por ouvir, cheirar e apreciar gases intestinais próprios e alheios.
Dentrofilia: Algumas pessoas só atingem o orgasmo quando se esfregam em troncos de árvores (mais comum), mas são conhecidas variantes por contentores do lixo e até mesmo asfalto.
Furtiling: Excitar-se penetrando com o dedo genitais recortados numa foto ou desenho.
Insuflação: Excitar-se soprando com força os orifícios corporais alheios.
Latronudia: Uma ramificação do exibicionismo em que se incluem as pessoas que se excitam despindo-se ao pé de médicos. Normalmente essas pessoas fingem doenças para realizar essa fantasia.
Microgenitalismo: Atração sexual por pênis pequenos. Quanto menor, maior a excitação.
Misofilia: Indivíduos que se excitam com o cheiro, a visão ou a manipulação de roupas sujas de outras pessoas.
Psicrofilia: Pessoas que chegam ao orgasmos sentindo frio ou observando outros indivíduos nessa situação.
Agalmatofilia – Excitação provocada pela observação de estátua ou modelo representativo de pessoa nua. Se a excitação acontece não apenas com a observação, mas com o uso da estátua, pode ser chamado de pigmalionismo.
Andromimetofilia – Atração por pessoas que embora tenham o sexo feminino, representem e se relacionem eroticamente como se fossem homens.
Asfixiofilia – Consiste em tentar intensificar o estímulo sexual pela privação de oxigênio, seja através da utilização de um saco plástico amarrado sobre a cabeça ou de alguma técnica de estrangulamento. Estima-se que só nos Estados Unidos entre 500 a mil pessoas morram acidentalmente por ano vítimas desta prática.
Também conhecido como hipoxifilia.
Autoasesinofilia – Excitação relacionada à possibilidade de encenar ou manejar uma morte masoquista de si mesmo por assassinato.
Crematistofilia – O indivíduo se excita quando é obrigado a pagar ou então é roubado por sua parceira sexual.
Coprofilia – O indivíduo excita-se e obtém prazer através do contacto com excrementos ou inalação de seu cheiro.
Quando a estimulação erótica se dá através do cheiro da urina, pode ser chamada de renifleurismo; se a urina for ingerida, chama-se urofilia.
Erotofonofilia – Excita-se com a possibilidade de matar o companheiro, coincidindo esta morte com o próprio orgasmo.
Escatofilia – Excitação através de conversas íntimas com pessoas conhecidas ou desconhecidas, durante as quais faz uso de palavras vulgares. Também conhecida como telefonescaptofilia.
Estigmatofilia – Atração por parceiros que tenham tatuagens, cicatrizes ou perfurações no corpo com finalidade de uso de joias de ouro, principalmente na região genital.
Formicofilia – Excitação através do contacto com pequenos animais, tais como caracóis, rãs, formigas e outros insetos que deslizam, arrastam-se ou mordam os genitais, a região do períneo e os mamilos.

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31.10.17

PTEROPUS OS MAIORES MORCEGOS DO MUNDO


antonio garrochinho


O termo Raposa-voadora ou Pteropus vampyrus é a designação comum aos grandes morcegos do género Pteropus, da família dos pteropodídeos, encontrados especialmente em ilhas costeiras da África, Asia e Oceania.
Possuem incríveis 2 metros de envergadura, possuem olfato e visão muito bem desenvolvidos. A parte chata é que se alimentam apenas de néctar, flores, frutos e pólen.

VÍDEOS
Com o uso de colares de monitoramento, cientistas descobriram que essa espécie voa 60km a cada noite para procurar alimento. Cientistas também dizem de que esses mamíferos são descendentes dos primatas.
São os descendentes mais velhos do género Pteropus, sendo que as únicas alterações em relação aos fósseis de 35 milhões de anos são adaptações para voo, como sua cauda.
Muitas espécies desse género estão ameaçadas de extinção, nas ilhas marianas a carne da raposa-voadora é muito consumida e e algumas regiões acredita-se de que sua carne possa curar a asma . Em 1989 foi restrita o comércio internacional da carne desses animais, porém a extinção é também auxiliada pelo fato de que fazendeiros atacam os animais, já que estes muitas vezes se alimentam de suas plantações.

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31.10.17

HISTÓRIA - A morte por mil cortes dinastia Qing - ATENÇÃO ! A PUBLICAÇÃO CONTÉM IMAGENS SUSCEPTÍVEIS DE FERIR ALGUMAS SENSIBILIDADES


antonio garrochinho


O Ling-chi, também traduzido como corte lento, morte lenta, ou morte por mil cortes foi uma forma de execução utilizada na China a cerca de 900 d.C. até a sua abolição em 1905. Nesta forma de execução, o condenado era morto por uma faca de lâmina fina que era usada para remover metodicamente partes do corpo do condenado durante um longo período de tempo. O termo ‘Ling-chi’ deriva de uma descrição clássica do ‘subir uma montanha lentamente’. O Ling-chi poderia ser utilizado como forma de tortura e execução de uma pessoa, como também poderia ser aplicado como um ato de humilhação depois da morte. Receberam tal castigo aqueles que cometeram crimes contra o sistema de valores morais tais como, atos de traição, assassinato em massa, parricídio ou o assassinato de um mestre ou patrão, porém imperadores utilizaram este método constantemente para ameaçar as pessoas, como forma de impedir delitos menores. Alguns imperadores também fizeram uso desta punição para membros traidores da família e seus inimigos. O processo envolveu a subordinação da pessoa a ser executada numa armação de madeira, geralmente em um lugar público. A carne do corpo era então cortada em várias fatias, em um processo que não foi especificado em pormenor no direito chinês e, portanto, o mais provável era que a quantidade de cortes era indefinida. Tempos mais tarde, o ópio era, por vezes, administrado como um ato de misericórdia ou como uma maneira de impedir desmaios.
De acordo com o princípio confucionista da piedade filial, ou Xiao, para alterar o corpo de alguém ou cortá-lo seria necessário violar as exigências do Xiao. Além disso, cortar um corpo em pedaços significava que o corpo da vítima não seria um “todo” em uma vida espiritual após a morte. Este método de execução tornou-se um elemento de fixação da imagem da China entre alguns ocidentais. Ele aparece em vários relatos de crueldade chinesa, como a biografia de Harold Lamb de 1930 sobre Genghis Khan.
Essa punição não costumava ser utilizada em condenações e execuções injustas. Alguns imperadores dispensaram esta punição para os membros da família de seus inimigos.
Embora seja difícil obter os detalhes exatos de como as execuções conhecidas tiveram lugar, elas geralmente eram compostas de cortes nos braços, pernas e peito levando à amputação de membros, seguido por decapitação ou uma facada no coração.
Se o crime tivesse sido de menor gravidade ou o carrasco misericordioso, o primeiro corte seria o fatal, diretamente na garganta, sendo que, os cortes subsequentes serviriam apenas para desmembrar o cadáver.
O historiador de arte James Elkins argumenta que as fotos existentes sobre as execuções torna evidente que a “morte por divisão” (como era chamado pelo alemão criminologista R. Heindl) envolvia algum grau de desmembramento, enquanto o punido estava vivendo. No entanto, Elkins também argumenta que, ao contrário da versão apócrifa da “morte por mil cortes”, o atual processo não poderia ter durado muito tempo. Não é provável que o indivíduo condenado tenha se mantido consciente (ou mesmo vivo) após um ou dois ferimentos graves e todo o processo não poderia ter incluído mais do que algumas dezenas de feridas. Na dinastia Yuan 100 cortes foram infligidos, mas pela dinastia Ming, havia registros de três mil cortes. Testemunhas de confiança, como Meadows, descreveram um processo de rápida duração (cerca de 15 a 20 minutos). Já registros fotográficos disponíveis parecem provar a velocidade do evento, enquanto a multidão se mantém coerente em toda a série de fotografias. Além disso, estas fotografias mostram um contraste impressionante entre o fluxo de sangue que encharca o flanco esquerdo da vítima e da falta de sangue no lado direito, possivelmente mostrando que no primeiro ou no segundo corte chegou ao coração. O golpe de misericórdia era mais certo quando a família podia pagar um suborno para infligir uma facada no coração em primeiro lugar.
Alguns imperadores ordenavam três dias de corte, enquanto outros podiam ter ordenado torturas específicas antes da execução, por variados períodos. Por exemplo, os registros mostram que durante a execução, Yuan Chonghuan ficou gritando durante meio dia e depois o som parou. A carne das vítimas também podia ter sido vendida para a medicina chinesa. Além disso, como uma punição oficial, a morte por corte lento pode também ter envolvido cortar ossos, a cremação, e a dispersão das cinzas do defunto.
IMAGENS
                  


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31.10.17

CAETANO VELOSO PROIBIDO DE CANTAR NO BRASIL - ‘É a primeira vez que sou impedido de cantar no período democrático’, diz Caetano


antonio garrochinho

Cantor lamentou proibição de show na ocupação do MTST: "Dá a impressão que não é um ambiente propriamente democrático”. Boulos diz que resposta virá nesta 3ª, com marcha até o Palácio dos Bandeirantes





São Bernardo do Campo (SP) – O cantor e compositor Caetano Veloso deixou a Ocupação Povo Sem Medo, em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, às 20h45 desta segunda-feira (30), sem conseguir realizar o show anunciado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). O motivo foi decisão da juíza Ida Inês Del Cid, da 2ª Vara da Fazenda Pública de São Bernardo.

Dizendo não ser "técnico" em questões legais, Caetano afirmou se sentir mal com a proibição. “Dá a impressão de que não é um ambiente propriamente democrático”, declarou o compositor ao sair da ocupação. “É a primeira vez que sou impedido de cantar no período democrático”, disse ainda. Para o cantor, "uma área urbana não pode ficar sem função social". 
Para o coordenador do MTST, Guilherme Boulos, a Justiça deveria se preocupar em “pegar a quadrilha que está no poder no Brasil", em vez de proibir uma apresentação musical. “Hoje aqui em São Bernardo mais uma vez a Constituição brasileira foi rasgada. É um absurdo, é censura, é ilegal. Para muita gente dentro do Judiciário o preconceito vale mais do que a lei. Se eles queriam nos provocar para uma ação violenta não conseguiram. Isso nos dá energia, nos dá ânimo”, afirmou, acrescentando que a "resposta" do movimento será dada nesta terça (31), com marcha logo cedo até o Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo, sede do governo estadual. "Uma das maiores marchas dos últimos anos", adiantou.
Boulos também criticou o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que segundo o coordenador do MTST apostou no conflito. “Eu não sei o que ele tem na cabeça. Ele age com ranço, com preconceito.” Ele questionou a alegação de falta de segurança. Com 8 mil famílias, segundo o movimento, a ocupação começou há quase dois meses, sem registro de incidentes. 
Com a proibição judicial, os artistas que foram à ocupação participaram de um ato em um pequeno palanque, em uma área mais elevada, perto do barraco da coordenação. Passaram o dia no local as atrizes Sônia Braga, Letícia Sabatella, e Alinne Moraes, além da cineasta e apresentadora Marina Person. Elas também foram à prefeitura e ao Ministério Público tentar a liberação do show.
"A luta de vocês é completamente legítima. E ela tem de continuar", disse Marina. "Vocês são exemplo para nós", afirmou Letícia, falando em "esperança, alegria, riqueza, cultura". "Muito obrigado por nos ensinarem."

"Amanhã, amanhã"

Acompanhado da produtora Paula Lavigne, sua mulher, e do cantor Criolo, Caetano chegou mais tarde, 20 minutos antes das 19h, horário marcado para o show que acabou não acontecendo. Naquele momento, havia ainda expectativa de que a apresentação fosse realizada. Por volta de 19h15, o deputado estadual Marcelo Freixo (Psol-RJ) saiu para conversar com jornalistas e informou que a liminar seria respeitada. Mas criticou: "As pessoas que tomaram essa decisão sequer tiveram a preocupação de olhar o lugar". Ele disse estranhar também que a imprensa soubesse da proibição antes dos organizadores.
Minutos depois, Boulos, Caetano e artistas subiam alguns metros em direção ao palanque. Ao microfone, o coordenador do MTST confirmou, então, que não haveria mais show. "Talvez com isso eles pretendessem  que a gente reagisse no mesmo nível e fosse para a agressão com a Guarda Civil ali na frente", afirmou, criticando a prefeitura, o Judiciário e o Ministério Público. O público começou a gritar "Amanhã, amanhã". Boulos passou a palavra a Paula Lavigne, que pediu desculpas pelo cancelamento e usou tom conciliador.
"Não estamos aqui para fazer guerra, estamos aqui em missão de paz. A única coisa que eu prometo é que a gente vai fazer esse show", garantiu. "Estamos aqui, estamos juntos", prosseguiu Caetano. "Eu já entendi que esta força aqui é o que nos move e nos vai fazer continuar a lutar", disse Alinne, enquanto a multidão cantava "pisa ligeiro, pisa ligeiro, quem não pode com a formiga não atiça o formigueiro".
O ato terminou por volta de 20h, com gritos de "Fora Temer" e "Fora Orlando". Sobre o ato desta terça-feira (31), que sairá de São Bernardo às 6h, Boulos disse que o objetivo é cobrar do governo a desapropriação da área em São Bernardo, entre outros compromissos. Da mesma forma, ele espera resultados na reunião marcada para 11 de dezembro, para discutir a ocupação. "Esperamos que quem for chamado para aquela mesa vá com propostas."



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31.10.17

TANCOS - Assaltantes 'devolveram' uma caixa a mais


antonio garrochinho

Caixa de petardos a mais no material recuperado na Chamusca

O chefe do Estado-Maior do Exército revelou hoje que apareceu uma caixa de petardos a mais na relação do material furtado nos paióis de Tancos recuperado pela Polícia Judiciária Militar.
Em conferência de imprensa na Unidade Apoio Geral Material do Exército (UAGME), Benavente, para fazer o ponto da situação da desativação dos Paióis de Tancos, Rovisco Duarte confirmou que o material recuperado na Chamusca "se encontra armazenado nas instalações de Santa Margarida, exceto as munições de 9 milímetros".
O general revelou em seguida que na relação do material encontrado "existe uma caixa a mais [de petardos], que não constava da relação inicial" do material furtado.
A explicação "compreensível"
Rovisco Duarte considerou que a "ligeira discrepância" é "perfeitamente compreensível", dizendo que o material em causa era utilizado na instrução, podendo ter sido registada a sua saída e não ter sido na realidade consumido por várias razões, como por exemplo atmosféricas, regressando ao paiol.
Se chove, a instrução pode ser interrompida e os rebentamentos podem não ser executados. (...) É material volante que saiu, uma caixa, não é tanto assim
A Polícia Judiciária Militar anunciou em comunicado, no passado dia 18, que, no âmbito de investigações de combate ao tráfico e comércio ilícito de material de guerra, recuperou na "região da Chamusca, com a colaboração do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé, o material de guerra furtado dos Paióis Nacionais de Tancos".


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31.10.17

«Assassinatos de líderes sociais na Colômbia são sistemáticos»


antonio garrochinho


A presidente da Associação Nacional de Zonas de Reserva Campesina (Anzorc), Carmenza Gómez Ortega, criticou esta segunda-feira a Justiça colombiana por não abrir uma investigação sobre os assassinatos dos líderes campesinos.
Os líderes sociais – camponeses, indígenas, afro-descendentes, defensores da reforma agrária, participantes na substituição voluntária de cultivos ilícitos – continuam a ser assassinados na Colômbia
Os líderes sociais – camponeses, indígenas, afro-descendentes, defensores da reforma agrária, participantes na substituição voluntária de cultivos ilícitos – continuam a ser assassinados na ColômbiaCréditos
«Os assassinatos de líderes sociais na Colômbia são sistemáticos e selectivos», afirmou a dirigente agrária no programa «Paz por Lozano», ontem transmitido pela TeleSur.
No oitavo dia da paralisação nacional que diversas organizações colombianas promoveram em defesa da implementação dos acordos de paz, Gómez Ortega afirmou que, este ano, já se registaram 130 assassinatos de líderes sociais, que foram seleccionados porque participam em associações de agricultores, no processo que visa promover o cumprimento dos acordos de paz, firmados em Havana entre as FARC-EP e o governo do país, e na substituição voluntária de cultivos ilícitos.
«São dirigentes que têm vindo a participar em debates, [na elaboração de] propostas; não são casos isolados, são companheiros que fazem parte dos processos, das organizações», disse a dirigente da Anzorc, citada pela TeleSur.
Referiu ainda que os assassinatos têm lugar em lugares que foram abandonados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo (FARC-EP), após a desmobilização, no âmbito do processo que conduziria à formação do partido político Força Revolucionária Alternativa do Comum (FARC). «Ali há outros grupos que estão a matar os líderes (...) para gerar medo e fazer com as populações não reivindiquem os seus direitos», disse.
A dirigente campesina mostrou-se preocupada pelo facto de a Justiça colombiana não proceder a uma investigação e questionou-se sobre as razões «de o governo não se pronunciar, não prender aqueles que estão a matar os nossos dirigentes campesinos».
Sobre os acordos de paz firmados em 2016 entre o governo colombiano e as FARC-EP, Gómez Ortega disse que o governo continua a não cumprir. «O povo está a mobilizar-se, está a exigir que sejam cumpridos, não apenas no que se refere à substituição de cultivos, mas os acordos que foram assinados, sobretudo o ponto respeitante à reforma rural integral».
Carmenza Gómez Ortega criticou ainda o facto de os programas para a substituição de cultivos, que fazem parte dos acordos de Havana, não contarem com financiamento, enquanto os da erradicação forçada o possuem.

Nos últimos dias, mais assassinatos

De acordo com a Contagio Radio, soube-se nas últimas horas que, no dia 29, um ex-combatente das FARC-EP foi morto no departamento de Putumayo. Por seu lado, no departamento de Antioquia, foi assassinado Ramón Alcides García, líder do processo de substituição de cultivos de uso ilícito no município e na região de Briceño, e membro da Marcha Patriótica.
Contagio Radio dá ainda conta da denúncia efectuada pela FARC no passado dia 26, de acordo com a qual uma família indígena terá sido assassinada na Vereda Buena Vista, no município de Mesetas (departamento de Meta). De acordo com a denúncia, em 2017 foram assassinados 28 membros de comunidades indígenas no país andino.

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